terça-feira, 22 de abril de 2014

Descoberto primeiro planeta com tamanho semelhante ao da Terra em uma "zona habitável"

     Usando o Telescópio Espacial Kepler da NASA, astrônomos descobriram o primeiro planeta (Kepler-186f) com tamanho semelhante ao da Terra, orbitando uma estrela na "zona habitável" - a região em torno de uma estrela onde água em estado líquido poderia existir na superfície de um planeta. A descoberta do Kepler-186f mostra que planetas com tamanhos semelhantes ao da Terra existem em zonas habitáveis fora do sistema solar.
     Apesar do tamanho de Kepler-186f ser conhecido (menos de 10% maior que a Terra), sua massa e sua composição ainda são desconhecidas. Pesquisas prévias, no entanto, sugerem que um planeta desse tamanho é, provavelmente, rochoso, assim como a Terra.


     O planeta Kepler-186f reside no sistema Kepler-186, a cerca de 500 anos-luz da Terra, na constelação do Cisne. O sistema possui outros quatro planetas, os quais orbitam uma estrela com metade do tamanho e da massa do Sol. A estrela é classificada como uma anã M, ou anã vermelha, uma classe e estrelas que compõem 70% da Via Láctea. Kepler-186f orbita sua estrela a cada 130 dias e recebe dela um terço da energia que a Terra recebe do Sol, colocando-o na fronteira exterior da zona habitável. Na superfície de Kepler-186f, o brilho de sua estrela no auge do dia é equivalente ao brilho do Sol que observamos uma hora antes do por-do-sol.
     "Estar na zona habitável não significa que sabemos que o planeta é habitável. A temperatura no planeta é fortemente dependente do tipo de atmosfera que o planeta possui", disse Thomas Barclay, pesquisador e co-autor do artigo publicado na Science semana passada.
     Os outros quatro planetas que compõem o sistema Kepler-186 (Kepler-186b, Kepler-186c, Kepler-186d e Kepler-186e), os quais orbitam seu sol a cada 4, 7, 13 e 22 dias, respectivamente, são quentes demais para existir vida como conhecemos. Esses quatro planetas interiores têm tamanhos inferiores a 1,5 vezes o tamanho da Terra.
     Para mais informações sobre a missão Kepler, visite o sítio http://www.nasa.gov/kepler.
(Fontes: http://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?release=2014-119, http://www.nasa.gov/ames/kepler/kepler-186-and-the-solar-system/)

quinta-feira, 17 de abril de 2014

LHC confirma existência de novo tipo de matéria

     Pesquisadores da colaboração científica LHCb confirmaram a existência de hádrons exóticos - um tipo de matéria que não pode ser classificado dentro do modelo tradicional de partículas. O novo tipo de matéria é formado por quatro quarks.
     Quarks são partículas subatômicas fundamentais que formam a matéria. Até agora, sabia-se que eles ocorrem ou em grupos de dois (pares quark-antiquark), formando os mésons - de vida muito curta, ou em grupos de três, formando os bárions - os prótons e nêutrons que compõem os núcleos atômicos, por exemplo.
     Em conjunto, as partículas formadas por quarks (bárions e mésons) são conhecidas como hádrons - de onde vem o nome do LHC, Grande Colisor de Hádrons.
     Mas, nos últimos anos, os colisores têm detectado várias partículas que não se encaixam nesse modelo de estrutura dos hádrons.
     Agora, a colaboração LHCb afirma ter chegado a resultados inequívocos da existência de uma partícula exótica - chamada Z(4430) - que não se encaixa no modelo de quarks, formando um outro tipo de matéria chamada de tetraquark.

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